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Pergunta nº: 422
06/09/2012 - Ricardo, Teka e outros
Consulta: Recentemente ouvimos o termo "paralímpico" e estranhamos bastante. Parece que a decisão de usar "paralímpico" em substituição a "paraolímpico” foi tomada pelo Comitê (ainda) Paraolímpico Brasileiro (por sugestão do International Paralympic Commitee), com a justificativa de que "o Brasil era o único país de língua portuguesa que ainda adotava o termo". A dúvida é: pode uma instituição alterar a ortografia de uma palavra? Ou, em tese, essa nova palavra também está correta? "Paraolímpico" e seus pares não devem ser mais usados? Serão considerados errados? Como os revisores de texto devem proceder?

Resposta:
Conforme consta no VOLP, o termo correto é “paraolímpico”. Há alguns casos em que se pode contrair as duas vogais, como em gastrenterologia, hidrelétrica, radiator (redução de radioator), mas não se deve fazer o amálgama em paraolímpico e paraolimpíada porque isso descaracteriza a palavra, uma vez que o corte se dá no radical (o segundo elemento), e não no elemento prefixal. Ou seja, a forma “paralimpíada” configura uma violação à estrutura morfológica do português.
Então, sendo correto escrever Paraolimpíada/s e paraolímpico (como aliás continua fazendo o jornal Folha de S. Paulo), embora esteja circulando pelo Brasil uma nova grafia - o que lhe garante um reconhecimento extraoficial -, o revisor deve argumentar, mas respeitar o seu cliente e deixar “paralímpico” se ele assim quiser.

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